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Cap. 145

O som de cavalos vindo de fora da casa chama a atenção de Joachim:

— Acho que os animais escaparam para a chuva, melhor ir ajudar a prender de novo no celeiro.

Mal o homem abre a porta e é atingido por um disparo que o faz cair para trás.

Imediatamente, Kojo puxa o filho para dentro enquanto Josiah fecha a porta. Hanna e Sarah empurram as camas, fazendo uma barricada que impede que a porta seja aberta.

Lucretia pega suas duas pistolas: — Deixem que eu cuido disso.

Celeste a detém pelo braço, então passa, se ajoelha ao lado do filho e pergunta:

— Tá vivo?

— Sim. - responde Joachim, ofegante.

Celeste: — Acha que vai morrer?

Joachim: — Não agora.

Celeste se vira para Lucretia: — Nós sabemos nos cuidar. Não é a primeira vez que passamos por isso.

Os demais membros da família, já armados, meneiam as cabeças confirmando.

Lucretia abaixa as armas e se prepara para pedir desculpas quando Celeste retoma a fala: — Mas, sua ajuda seria muito bem-vinda.

Os olhos da dona do cabaré faíscam de satisfação, afinal, atirar em alguém ajudará a desviar seus pensamentos da preocupação com o xerife, lá fora, sozinho em meio a sabe-se lá quantos invasores armados.

Sarah traz um pouco de água quente que estava sendo usada na comida, rasga um pedaço da saia, umedece e pressiona contra o buraco no ombro de Joachim, que tenta não gritar.

Josiah gesticula, indicando que os inimigos devem estar cercando a casa antes de começarem a atirar.

Do celeiro, Wayne observa a movimentação e avalia que é melhor deixar o bando se dividir antes de começar a atirar e chamar a atenção deles.

Lucretia se agacha ao lado de Celeste e sussurra: — Me avise quando eu puder começar.

Na chuva, um dos encapuzados se aproxima de outro que observa mais afastado e parece ser o líder do grupo: — Coronel, o certo seria botarmos fogo na casa para eles saírem e a gente atirar, mas, com essa chuva, teremos que invadir.

Coronel: — Malcolm, de que adianta vestir essa camisola se ficarmos dizendo nossos nomes?

Malcolm: — Desculpe, senhor.

Coronel: — Bem, cansei de tomar chuva. Vamos entrar.

No casebre, Celeste sussurra de volta para Lucretia: — Aguente só mais um pouquinho. Já vai começar.
 

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